quinta-feira, 14 de abril de 2011

Papel Higienico




Ontem, ao fazer compras no supermercado, fiquei estupefato com a variedade da linha de papéis higiênicos Neve, aquele mesmo que era anunciado antigamente pelo mordomo Alfredo.
Segundo seu fabricante, Neve é um produto sofisticado, destinado às classes A e B.
Percebe-se pelas frescuras de cada modelo. Como o Neve Ultra, que já vem com alguns opcionais: relevo de flores, perfume e uma microtextura, que segundo o texto da embalagem proporciona a seus felizes usuários a "suavidade de uma pétala de rosa" (perguntar não ofende: alguém já limpou a bunda com uma pétala de rosa?).
Depois, tem o Ultra Soft Color (mais caro e mais metido a besta): é laranja e vem com extrato de pêssego. Como se o nosso orifico cagante da gente enxergasse a cor e sentisse o cheiro....
Mas demais mesmo é o Neve Ultra Protection, o top de linha. Este Rolls Royce dos papéis higiênicos, além de conter óleo de amêndoas ("garante maciez superior e um cuidado maior com a sua pele") em sua delicada fórmula, vem com Vitamina E (!!!).
Não é supimpa?
Agora você pode cagar e sair com o... Vitaminado!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Futebol Arte

Após o término do jogo entre Corinthians e Goias, disputado pelo Campeonato brasileiro 2010, reflecti sobre o momento atual do nosso futebol. Pensei sozinho: “Onde será que anda o tal futebol arte brasileiro? Será que perdemos nossa maior característica que é a arte de jogar futebol com alegria? Onde estão os dribles maravilhosos e o improviso, a criatividade brasileira que encantou o mundo inteiro até hoje?”.
Zico, Pelé, Garrincha e tantos outros que ensinaram ao mundo uma forma diferente de se jogar bola, como uma diversão em que o sorriso sempre estava estampado no rosto, devem estar tristes vendo a atual situação. Para não ser taxado de saudosista, temos exemplos recentes de grandes times que jogavam bola. Sim, jogavam bola. Como um garoto que chama seus amigos para bater uma “pelada” na rua e se diverte, Marcelinho Carioca e Ricardinho comandavam o esquadrão corintiano do ano de 2001, Robinho e Diego brincavam de destruir as defesas adversárias com dribles e jogadas brilhantes em 2002, Alex com passes e lançamentos magníficos enchia os olhos de quem gostava do futebol bem jogado no Cruzeiro, em 2003. Assim por diante, várias e várias gerações de craques que, ano após ano, sempre surgiam com um timaço que fazia até corintiano aplaudir palmeirense e vice-versa pelo futebol bonito que os times apresentavam.
Mas atualmente, ao que tudo indica, não vemos mais esse tipo de time com um futebol ofensivo que consegue ser, ao mesmo tempo, eficiente e bonito. Quando o tempo regulamentar do jogo de ontem terminou parecia que todos imploravam para o fim da partida. Sem ser uma característica específica daquele jogo, que se fosse eu estaria bem feliz, parece que o nosso futebol não está mais preocupado com a magia que sempre teve e fez o mundo se ajoelhar diante do nosso talento.
Hoje, o futebol ficou pragmático. Jogadores, desde a base, parecem se preocupar mais em saber o que é um 3-5-2 do que dar um drible ou um lançamento bem feito. O resultado é esse que vemos por ai. Jogos sem graça, com pouca emoção e baixa qualidade técnica. Ontem, após a disputa fria e sem graça do jogo, simplesmente desliguei a televisão e dormi...